segunda-feira, 9 de junho de 2014

REFLEXÕES DE UM PASTOR – dia do pastor


Hoje comemoramos o dia do pastor. Existe algo a comemorar? O pastor é aquele que pastoreia, aquele que exerce uma função de liderar uma congregação, como servo de todos. Pelo menos foi isso que aprendi. Neste dia, o que gostaria de ganhar como pastor dessa amada Igreja?
Gostaria de ser realmente o seu pastor. Mas eu não sou? De alguns sim, de outros sei que não. Mas como assim? Nesse pouco tempo de pastorado, descobri que não é o “título” recebido, ou o fato de ser chamado de pastor que me faz ser o seu pastor. O que me faz ser o seu pastor é você. Se eu precisar me impor como seu pastor, para que seja obedecido, ou ouvido, é porque eu nunca fui. Por isso não faço questão nenhuma de ser chamado: pastor, e sei que o serei, somente se assim você decidir. Mas isso espero, pois foi para isso que fui escolhido.


Gostaria de ver uma Igreja vivendo o amor de Deus, entre os irmãos e com os de fora. Esse presente é uma construção, resultado de nossas relações. Para isso tenho buscado submeter nossa estrutura eclesiástica à busca por relacionamentos saudáveis. Ou seja, tudo que fazemos, desde a troca de uma lâmpada, até a organização de um evento, tem como objetivo maior servir de instrumento, para que possamos nos relacionar em amor.

Gostaria de ver cada membro de nossa comunidade compromissado com a construção de uma Igreja coletiva, onde o nós se sobreponha ao eu, onde o servir seja a primeira atitude, onde não estabeleçamos tribunais de punição, mas círculos de acolhimento, onde possamos ser verdadeiros em nossas fraquezas e sinceros em nossos abraços, sem o temor do olhar condenatório de nossos iguais, pois somos iguais. Gostaria de ver o dia que não precisaremos mais de um pastor, como o ungido diferenciado, mas de um pastor que seja visto como aquele que cuida.

Encerro esta reflexão, agradecido por ter o privilégio de servir a Deus buscando essas coisas com vocês. Agradeço a Deus por cada irmão, pelo carinho pelo cuidado, mas principalmente porque você permite que eu seja o seu pastor. Porque antes de ser pastor da Igreja Batista Memorial da Posse, eu sou o seu pastor.

PJ 08/06/14

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pastoral 02/06/2014 - AS DIMENSÕES DO AMOR DE DEUS

A Bíblia nos ensina muito sobre a manifestação do amor de Deus. Paulo fala que o amor Deus aponta em todas as direções da existência humana, pois não há um lugar no Universo criado que fique fora do seu alcance. Dessa forma, Deus nos desafia a compreender as dimensões do amor de Deus. Vejamos Efésios 3:18.

A primeira dimensão está expressa no termo largura (gr. πλατος platos) que, numa perspectiva unidimensional, sugere a grande extensão do amor de Deus em Jesus Cristo. Nessa ótica e tendo como referência a própria finitude do observador, este pode sentir a infinitude do horizonte inatingível, sem perder a consciência da real existência de algo bem mais largo. I Cor 1:4

A segunda dimensão, o comprimento (gr. μηκος mekos), possibilita uma ação bidimensional do amor de Deus que, também, abrange o oblíquo e o transverso. Numa visão cartesiana, vislumbra-se uma natureza absolutamente diversificada, com infinitos pontos em um mesmo plano (assim como num plano cartesiano não existem pontos com as mesmas cotas, na natureza inexistem seres e pessoas iguais). Todos, porém, estão contemplados no plano divino.Sl 90:1

A terceira, é a altura (gr. υψος hupsos) que, figuradamente, sinaliza 'lugar' e 'céu'; e, metaforicamente, fala de 'posição' e de 'sublimidade'. O amor de Deus tem a propriedade de purificar o impuro, de elevar o pueril e de sublimar tudo o que atinge. Nela completa-se a concepção da tridimensionalidade que regeu o pensamento natural da humanidade, ao longo de quase toda a sua existência. Jo 3:15.

A quarta dimensão é a profundidade (gr. βαθος bathos), analogia de 'mar profundo' e metáfora das 'coisas profundas de Deus'. O amor de Deus é tão profundo que chega ao mais fundo abismo (ao próprio inferno); tão penetrante que vai ao mais inacessível lugar; e tão intenso que regenera a própria criação, renovando-a ao sopro do seu Espírito

Por fim, a dimensão eternidade, expressa em “por todas as gerações, para todo o sempre”. O amor de Deus transcende às limitações temporais, como está escrito:“Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por veio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” Ef. 1.4-5

Não há barreiras para aqueles que estão mergulhados neste amor. Portanto, muito mais que uma transformação moral, ou de costumes e práticas, nossa vida mudará e encontraremos a paz e a alegria de viver, quando experimentarmos a dimensão deste amor. E eu quero encerrar dizendo que ele está ao alcance do nosso coração, basta permitir o derramar dessa glória em nós. Que sejamos aperfeiçoados neste amor, conhecendo e crendo que ELE nos ama e, quando isso for real em nós viveremos a DIMENSÃO DO AMOR DE DEUS e tudo será apenas ELE em nós.  

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Pastoral - 25/05/14 Até o Dia de Cristo


Até o Dia de Cristo
Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus. Filipenses 1:6
Algumas coisas precisam de tempo, outras são lembradas pelo momento da mudança, mas na verdade  houve um processo para se chegar ao momento crucial. Quando olhamos a obra de Deus em nossas famílias, precisamos entender que ainda faltam muitas coisas para que se complete, pois não chegamos no Dia de Cristo.

Então, em primeiro lugar é necessário estar convencido de que Deus começou uma boa obra. O Convencimento também é um processo de construção de uma convicção, no qual reconhecemos a verdade sobre algo. De certa forma, precisamos de argumentos, indícios e uma lógica para sermos convencidos de algo, porém quando falamos da obra de Deus, tudo isso é superado pela convicção das coisas que não são vistas e a certeza das coisas que se esperam (isso se chama fé – Hb.11:1). Portanto, somos convencidos da boa obra de Deus, pela fé e não pelos argumentos. Isso precisa também ser aplicado à nossa família. Deus começou uma boa obra em nossa casa, pois a família foi criada e tem sido sustentada por Ele desde sempre. Sendo assim, não precisamos buscar ver, o que Deus está fazendo por nossa família, basta simplesmente crer e, pela fé, estar convencido de que Deus começou uma boa obra em nossas famílias.

Agora, além de crer nisso, precisamos reconhecer que ainda não se completou a boa obra. O que Deus tem a realizar em nossas famílias não se resolve em um passe de mágica. A cada dia, se estivermos atentos, veremos algo se completar em nossas casas. Uma mudança de atitude pode demorar anos, o reconhecimento de um erro (pedir perdão) é um processo nem sempre fácil, a restauração de um vínculo rompido, às vezes acontece em etapas. Ou seja, nossas famílias estão em constante aprimoramento, restauração e construção. Portanto, temos muitas coisas que ainda não podemos viver,  passamos por problemas que não podemos resolver, mas isso  não pode tirar a nossa esperança, nem deixar vacilar nossa fé. Pois, ELE já começou a boa obra, porém ainda não a completou.

O desafio é estar convencido disso tudo, entendendo que ainda falta uma longa jornada para que se cumpra a promessa de Deus em nossas casas. Enquanto isso não acontece, nossa missão é tomar as rédias de nossas famílias, sem deixar que as influências desse tempo determinem as escolhas em nossas casas. Se todos escolhem servir aos deuses dessa Era, nós temos a certeza que nos leva a escolher servir ao Senhor.


PJ 25/05/14  

quinta-feira, 15 de maio de 2014

pastoral 18/05/14 Outra dimensão da espiritualidade

Temos a ideia falsa de que espiritualidade é algo de cunho privado e particular. Mas não é bem por aí. Jesus nos ensina a amar a Deus e ao próximo. Então, espiritualidade está condicionada ao tipo de relacionamento que temos com Deus, sendo assim, se dizemos amar a Deus que não vemos e não amamos nosso irmão, somos mentirosos (IJo. 4:20). Ou seja, nosso relacionamento com Deus depende da maneira como tratamos o nosso próximo.

Nós aprendemos na Igreja que para falar com Deus, precisamos fechar os olhos e orar, para ouvir Deus falar, precisamos ler a Bíblia. Hoje, podemos ainda incluir os louvores, as canções e hinos espirituais, como forma de “criar um clima” para nos relacionarmos com Deus. Claro que precisamos ter nossa devocional particular com Deus, pois assim ele nos ensina (Mt.6:6), mas isso é apenas uma dimensão de nossa espiritualidade, a dimensão do amar a Deus sobre todas as coisas. Como fica a dimensão do amar ao próximo como a si mesmo?

Em um mundo onde somos cada vez mais levados a um misticismo individualizado, onde nossa vida com Deus se resume a rituais, antes coletivos, agora privados, estamos trocando um ritual por outro, sem avaliarmos o que é a base da espiritualidade bíblica. A essência da espiritualidade, portanto é o relacionamento, na dimensão horizontal (com Deus) e na dimensão vertical (com nossos irmãos). Diante disso, olha o que aconteceu.  Outro dia estava orando, agradecendo e colocando diante de Deus minhas necessidades, depois comecei a ler a Bíblia e me deparei com “ Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. (IJo.4:7) . Então comecei a perceber o que é espiritualidade. Nesse momento, o Espírito começou a ministrar ao meu coração da seguinte forma: "É Júnior, você consegue me ver quando lê a Palavra, quando canta canções em adoração, agora tenho uma pergunta: você conseguiria ver a minha glória, ouvir a minha voz na vida da pessoa que está ao seu lado? Será que você pode me enxergar nas atitudes, nas necessidades e no incômodo provocado pelo outro? Eu respondi: ainda não Pai, mas me ajuda aí.
PJ 18/05/14

quarta-feira, 7 de maio de 2014

JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS ACABA COM O DIA DAS MÃES



Quando castigamos alguém, estamos fazendo justiça? E quando perdoamos, isso também é justo? Será que a justiça deve estar condicionada aos mecanismos de controle social? Enquanto os intelectuais buscam refletir sobre o que tem acontecido em nosso país, temos visto grupos de pessoas comuns com sentimento de “fazer justiça” cometerem verdadeiras atrocidades. Não é incomum ver um grupo de pessoas linchar estupradores, ladrões, etc. Isso aconteceu mais uma vez esta semana com uma família no Guarujá (SP). Supostamente acusada de sequestrar crianças para rituais de magia, Fabiana, mãe de dois filhos, foi linchada até a morte o que tirou o direito dessa família de comemorar o dia das mães. Sem entrar na demagogia midiática, gostaria de considerar duas questões.

Em primeiro lugar, precisamos pensar: quem pode ser o agente da justiça? A quem é dado esse poder/direito? No evangelho de João capítulo 8, lemos o relado de uma mulher pega em adultério, onde a lei de Moisés ordenava que a mesma fosse apedrejada. Dessa forma, toda comunidade, apoiada nessa interpretação da lei, se investe da função de fazer justiça. Mas vejamos o que Jesus fez: Ele escreve algumas coisas no chão e diz :se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela." (João 8:7 NVI). Com apenas esse gesto e essa frase, podemos ver o mesmo questionamento que hoje devemos fazer: quem pode fazer justiça? Quando vemos alguém que não se enquadra na lei ou nos padrões estabelecidos socialmente, quem pode determinar o seu castigo? Socialmente, como forma de organização, nós atribuímos isso ao Estado, através de seu sistema de Justiça e policia. No entanto, vemos que nenhum daqueles homens teriam o poder/direito de fazer justiça, e ainda hoje, nenhum de nós tem.


Agora, será que a punição e o castigo são as únicas formas de fazer justiça?. Para nós hoje, isso parece muito duro, matar uma mulher por traição, mas era o que parecia justo para época. Jesus, nesse episódio, apresenta outra lógica para a Justiça que poderíamos chamar de Justiça “perdoativa”. Veja, Ele não diz que a mulher não errou, mas Ele apenas apresenta uma justificação (tornar-se justo) a partir do perdão, dando a ela uma nova oportunidade de seguir sua vida, agora sem o pecado e a culpa. Com certeza, essa lógica não se aplica às estruturas de justiça que temos, pois a sua base não está na repressão e sim na misericórdia. Sendo que, para aplicação dessa justiça é necessário duas coisas fundamentais: o reconhecimento do erro e o arrependimento genuíno por parte do réu. Isso é o espírito da Maravilhosa Graça de Deus em Cristo Jesus, no qual quando reconhecemos quem somos, o que fazemos, e o que é justo para nós (o castigo) percebermos que Ele nos perdoa e nos purifica de toda iniquidade. Sendo assim, não temos o direito, nem o poder de condenar ninguém a nada, pelo contrário somos chamadas buscar a justiça perdoativa de Deus e o seu Reino, perdoando assim com fomos perdoados, amando como somos amados. 
PJ (11/05/14)


quinta-feira, 1 de maio de 2014

FAMÍLIA CONTINUA SENDO FAMÍLIA


Diante de tantos problemas que vivemos em nossos lares, mesmo que nossa sociedade não valorize de forma efetiva a família, nós cremos que Deus continua sendo Deus e a família continua sendo família. No entanto, lutar pela família não é necessariamente organizar associações em defesa dos valores familiares, ou grupos de preservação dos bons costumes. Isso, por vezes se torna um meio de camuflar as reais necessidades em nossas casas. Diante disso gostaria de chamar a atenção para duas coisas que tenho visto nas famílias hoje.

Em primeiro lugar é o tempo. Infelizmente, nós não temos investido tempo nos relacionamentos familiares. Quando nossa casa torna-se apenas um lugar onde pessoas vivem debaixo do mesmo teto, esse lugar deixou de ser um lar. Pois a família é formada pelo conviver, ou seja, é preciso ter tempo para construir vínculos, conhecendo e deixando-se conhecer. Precisamos aprender a gastar com aquilo que é pão, com aquilo que verdadeiramente satisfaz, como fala-nos Isaías 55:2. Dessa forma, precisamos investir tempo na família.

Outro ponto, diz respeito ao comprometimento familiar. Quando Josué, diz “porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”(Js.24:15). Ele incorpora a sua família à decisão tomada, no sentido de ter a consciência de que sua escolha determinaria o rumo do seu lar. Hoje, precisamos rever a questão das decisões individualizadas, buscando perceber que muito do que fazemos, determina a edificação ou a destruição dos vínculos familiares. Dessa forma, precisamos assumir nossa responsabilidade dentro de nossas casas, submetendo nossas decisões não à nossa vontade, mas à construção e solidificação de nossas famílias. Pois, a família é muito mais do que compartilhar do mesmo teto, pois nela se compartilha emoções, problemas, sonhos e também nossas decisões.    

Portanto, nossa família precisa continuar sendo uma família. Para isso, é necessário investir nosso tempo construindo e fortalecendo vínculos de amor comprometimento e cumplicidade. Assumindo nossa responsabilidade dentro e como parte da família. Pois, uma casa pode até ser destruída, mas uma família não, porque esses  vínculos são mais fortes do que as dificuldades, mantendo vivo o lar, mesmo diante das lutas e das provações.
PJ.04/05/14

ATENÇÃO AO MÊS DA FAMÍLIA:
DIA 01/05 19:30H - ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO PELA FAMÍLIA
DIA 02/05 19:30H - ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO PELA FAMÍLIA
DIA 03/05 19:00H - PALESTRA COM DR. TÉRCIO RIBAS

DIA 16/05 - 19:30 - PR. JARELLI - (Com. Batista da Posse)
DIA 17/05 - 19:30 - PR. LUIZ RICARDO (IBRC-Magé)
DIA 18/05 - 19:00 - Drª Suely Barreto (Rádio Melodia)



quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pastoral 27/04/14 - O QUE DEUS TEM PREPARADO PARA MINHA FAMÍLIA?

1 Coríntios 2:9-10
No próximo mês estaremos buscando o que Deus tem para nossas famílias. Todo cuidado, sustento, orientação e desafios precisam ser conhecidos e, eles estão revelados na Palavra de Deus. Mas, fica uma pergunta, o que nossa família tem ouvido, visto e imaginado? Será que conseguimos perceber todas as coisas reservadas às famílias? Ou temos tentado vivenciar somente o que pode ser ouvido, visto e imaginado?

Precisamos perceber a real importância da família, não apenas como a célula mater  da sociedade, ou como projeto de Deus, ou como lugar de construir nossas primeiras relações sociais com o mundo. A família é, em essência, lugar de consolidação de vínculos de amor, cumplicidade e comprometimento mútuo. Esses vínculos mútuos envolvem principalmente a esfera espiritual, onde nossa alma, caráter e estrutura são constituídos. Dessa forma, quando percebemos a importância da saúde espiritual para nossa família, buscamos meios de preservar uma espiritualidade saudável em nossos lares.

Quero apenas salientar a necessidade de irmos além do que os nossos olhos, ouvidos e mentes podem perceber, não somente referente à família. Na esfera espiritual, o Espírito que sonda as coisas mais profundas de Deus, revela o que Ele tem para nós. No entanto, espiritualidade não é uma abstração enigmática, é na verdade, enxergar as coisas de forma integral. Como é isso? Quando Jesus nos ensina a oração do Pai Nosso Ele diz: “Venha a nós o teu Reino, seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu (Mt.6:10)”. Isso significa clamar a Deus pela manifestação do seu Reino e sua vontade na Terra, inclui também nossas casas. Espiritualidade não é ver anjos ou demônios em tudo, mas enxergar que existe um propósito divino  em tudo que acontece.

O desafio é buscar perceber o plano que Deus tem para nossos lares. Enxergando as reais necessidades de nossos familiares de forma integral. Buscando ouvir mais do que orientações superficiais de como lidar com os relacionamentos familiares. Entendendo que família é  mais do que um grupo de pessoas debaixo do mesmo teto, somos constituídos por esse vinculo mútuo de amor, cumplicidade e comprometimento.

Pj 27/04/2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O SUCESSO DA CRUZ 20/04/2014


No mundo em que vivemos a cada dia somos pressionados a uma excelência aparente. A competição dos “mercados” (trabalho, academia, artes, igrejas, religiões) criam noções de vitória e sucesso, muito mais focado nos resultados materiais do que no crescimento e na vida das pessoas. O mais importante agora não é o ser humano, mas os resultados que eles podem produzir. Nesta perspectiva, as igrejas de hoje, com exceções, tem buscado resultados “materiais” (um templo cheio, atividades múltiplas, vários serviços a serem prestados, etc.) e tem esquecido a Cruz.

O serviço cristão é antes de tudo voluntário. Certamente digno é o obreiro de seu salário, mas antes de buscar o salário, o objetivo do servo de Deus é servi-lo, mesmo que não haja remuneração. Em resumo, temos vivido um tempo onde “os crentes”  buscam serem servidos pela Igreja, mas não é isso que nos ensina a Palavra de Deus. Jesus – o próprio Deus – veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Assim, também este é o papel do povo de Deus. A Igreja não existe para satisfazer os nossos desejos, mas para nos proporcionar uma vida de adoração e serviço ao Deus Vivo, criando meios para desenvolver os nossos ministérios e um espaço para vivermos em comunhão, além de buscar estratégias para anunciar o evangelho de Cristo.

O sucesso de Deus está na Cruz, não no reconhecimento, ou no aplauso, mas na continuidade da obra de Deus através de nossas vidas. Quando vivemos a mesma atitude que houve em Cristo (Fl.2:5). A Cruz nos ensina que podemos entregar nossas vidas em função do propósito de Deus (I Jo.3:23).  Este é o crescimento que Deus espera ver na Igreja neste tempo: uma Igreja formada por homens e mulheres que se entregam totalmente a Ele, não apenas como freqüentadores que utilizam-se dos serviços eclesiásticos, mas como seguidores que negam a si mesmo e tomam a Cruz. Por isso, nessa Páscoa veja a Paixão de Cristo como um exemplo a ser seguido, de entrega, obediência, sucesso e vitória. Esse é o sucesso da Cruz.


terça-feira, 8 de abril de 2014

PROJETO LEVI - INÍCIO - 08/04/14 - ORE E PARTICIPE.

PROJETO LEVI (Crianças) Levando o Evangelho Vivo Integral.
Onde a necessidade se apresentar

PRINCÍPIO
O Projeto LEVI tem por principio o conceito de que o ser humano é integral e, portanto, a evangelização e missão da Igreja, deve atender todas as áreas do ser (biológica, social, psicológica e espiritual).

No que se refere às crianças: tendo em vista as condições familiares e sociais, o Projeto entende a criança como um ser autônomo que necessita de amparo, orientação, cuidado e oportunidades para exercer a sua humanidade de forma plena. Cabendo à Igreja incluir na sua ação os meios necessários para esse fim.

OBJETIVO:
O Projeto LEVI (Crianças) tem por objetivo a criação de um espaço educacional, cultural e espiritual, onde as crianças da Comunidade da Posse-NI, de 06 a 12 anos, receberão orientação comportamental, ensinamentos cristãos, além de construir um momento lúdico para expressão artística e apreciação de teatro, música, leitura e contação de histórias.

RECURSOS:
Espaço físico será na casa cedida pela família Quintino;
A organização do lanche será de responsabilidade da MCA (IBMdaPosse);
Organização pedagógica será de responsabilidade da Ed. Religiosa da (IBMdaPosse);
Os responsáveis pelo projeto são Cristiano e Lucia Helena Quintino;
Equipe de apoio formada por voluntários.

DESENVOLVIMENTO:
1.       PLANEJAMENTO: Reuniões mensais para planejar as atividades serão realizadas todo último domingo do mês na IBMdaPosse; No planejamento deverá constar: o objetivo mensal, o calendário e quem irá apresentar (a história, o filme, a peça, a atividade); Elaboração de eventos de apresentação (no templo da IBMdaPosse, ou na comunidade). OBS.: As apresentações tem com objetivo integrar os pais no projeto, para em um outro momento apresentar palestras também para eles.
2.       REALIZAÇÃO:  
·       1ºMom. – Os encontros com as crianças ocorrerão todas as terças-feiras de 17h às 18:30h da seguinte forma: 1º Apresentação (filme, peça, contação de história); 2º Atividade (desenho, ação de texto, encenação, etc). 3º Lanche (bolo ou biscoito e suco). Eventualmente será feito uma roda de conversa para ouvi-los;
·      2ºMom. – Com o tempo e as avaliações do desenvolvimento do projeto, será implementado oficina de teatro com as crianças, para a elaboração de encenações curtas, buscando apresentações para a comunidade.
·       3ºMom. – Com as apresentações será buscado integrar os pais à vida do projeto, tentando ler as necessidades específicas dos mesmos e propondo ações de orientação, bem como a participação no Grupo Familiar da IBMdaPosse.
·      Eventos – Poderá ser convidado grupos de evangelização e trabalho com crianças para eventos na rua, organização de passeios culturais, apresentação e participação das crianças nas atividades da IBMdaPosso no templo ou no Grupo Familiar.
CONCLUSÃO
É necessário que mãos estejam disponíveis ao trabalho, mesmo que poucas, aparentemente sem qualificação e recursos, pois o Deus que chama é o mesmo que capacita e supre.

Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; Filipenses 1:6

quinta-feira, 3 de abril de 2014

PASTORAL 05/04/2014 – SER CRISTÃO

O que nos faz ser classificados como cristãos? Cristão hoje é aquele que professa a fé cristã, tem o Cristianismo como religião ou, de alguma forma, tem os valores cristãos como norteadores de sua vida. Em Atos 11:26, o texto declara que os discípulos foram pela primeira vez chamados de Cristãos. Vejamos que “foram chamados”, não se auto-intitularam, ou seja, foram os habitantes daquela cidade que identificaram Saulo e Barnabé como parecidos com Cristo, como seus imitadores.

Dessa forma, o mundo e as pessoas precisam identificar em nossas vidas as atitudes de Cristo. Eles precisam ver Cristo em nós, sem que falemos isso o tempo todo.  Pois não adianta sermos apenas classificados como Cristãos, porque frequentamos uma Igreja, ou nos identificamos como os ensinamentos de Cristo, ou ainda porque seguimos uma série de regras morais. Nossas atitudes, nossa maneira de lidar com os problemas e dificuldades, nosso trato como o próximo é que deve expressar as atitudes de Cristo. O próprio Apóstolo Paulo diz que devemos ser seus imitadores, assim como ele é de Cristo (Ef.5:1).

Outra coisa interessante é que, biblicamente, ninguém pode ser cristão sozinho. Em todo momento, Jesus trata com seus discípulos se direcionando a eles como vós. O plural, o coletivo, o comunitário, também manifesta em nós o SER cristão. O Reino anunciado por cristo, considera uma ação coletiva unitária, onde o corpo de Cristo é visto como tendo várias partes, porém ele é uma “unidade única”.  Jesus nos fala de sermos levados a uma plena unidade, para que o mundo saiba que Jesus foi enviado por Deus (João 17:23). Portando, quando vivermos essa unidade, eles nos chamarão de cristãos.

Que possamos ser reconhecidos como cristãos por nossas atitudes e virtudes semelhantes às de Cristo e, também, por nossas ações coletivas e comunitárias de promoção do Reino de Deus, na manifestação da justiça da paz e da alegria no Espírito Santo (Rm14:17). PJ 05/04-2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

PAPO DE CRUZ 2 APRENDENDO A PERDER

"Precisamos voltar ao Evangelho onde aprendemos a entregar a nossa vida a Deus, ao nossos irmãos e aqueles que estão ao nosso redor."PJ


A REVELAÇÃO – MAIS DO QUE EU ACHO 30/03/2014


Mais do que compreender as conceituações explicativas da realidade atual, o homem de nosso tempo sente a falta de relevância na sua compreensão das coisas. Um mar de informações soltas, navegam de um lado para o outro em nossos meios de comunicação, mas o sentido, a finalidade não é mais algo importante. Os homens estão vivendo alienados em seus próprios mecanismos de alienação, levados de um lado para o outro como pluma em um vendaval, cheios de informações, no entanto vazios de significado, esperança, fé e amor. Em meio a está realidade existe uma luz, uma esperança, Deus ainda nos ama e está disposto a firmar uma linda aliança conosco. Um acordo estabelecido pelo sangue daquele que morreu na cruz do calvário pelos nossos pecados, ressuscitou ao terceiro dia e está vivo hoje. O seu nome é Jesus, o Cristo.

Apesar do homem ter, em sua essência, uma necessidade espiritual, ou de desenvolver a sua espiritualidade, parece que o caminho de sua escolha, muitas vezes, é uma estrada traçada por ele mesmo. A escolha do homem em trilhar os seus próprios caminhos o tem levado à construção de conceitos limitados por sua própria condição de homem. Estamos em uma selva, sem trilha, abrindo caminho à revelia, tentando estabelecer referencias para chegar a algum lugar que não se sabe onde é. Estão perdidos, sem saber de onde vieram, quem são, onde estão e para onde devem ir. Estas questões fundamentais levam o homem a respostas  próprias, baseadas em especulações filosóficas ou em conceituações religiosas. No entanto, existe algo maior do que a nossa compreensão das coisas. Existe a Revelação dada a nós, de como proceder. De qual caminho seguir, onde devemos chegar, de onde viemos e quem somos. Somente através de uma experiência pessoal com o Criador de todas as coisas podemos começar a deslumbrar esta realidade tão especial. 

Deus nos ama muito, mesmo quando não vemos, ouvimos ou sentimos. Este tão grande amor nos alcança através da pessoa de Jesus Cristo. Não podemos rejeitá-lo. Às vezes dentro de nós existe a falta de alguma coisa que ninguém sabe o que é. Uma sede tão grande, uma inquietação muito esquisita. Porque aparentemente não existe nada de tão sério acontecendo, mas sentimos que falta algo. Isso nada mais é do que a necessidade que temos de nos relacionarmos com Deus. Não estou falando de religião, ou religiosidade, mas de um encontro pessoal com a Senhor Todo Poderoso e Altíssimo através de Cristo Jesus. Muita gente pensa que ter um encontro com Deus é apenas seguir um conjunto de regras morais, ir à igreja, orar, rezar, etc.

Não se engane, um encontro com Deus envolve uma realidade muito maior. Encontrar-se com Deus é a satisfação de toda falta, sede, fome e de outras ausências q nos deixam infelizes. Se você tem fome ou sede de algo não tente suprir isso com nada que não venha de Deus. Quando estamos com sede podemos beber qualquer coisa, mas logo sentiremos uma sede ainda maior, mas quando bebemos uma água fresquinha e pura nos sentimos revigorados. Deus quer saciar a sua sede BEBA dessa ÁGUA sem moderação. Veja o que Jesus diz:mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.” João 4:14.

Por isso, mais do que buscar entender o que Deus tem para nós através de nossos sentidos, da nossa razão e das nossas emoções, Deus se revela por meio de Sua Revelação e, isso NÃO é alcançado pelo nosso achismo, mas por meio da fé. (PJ 30/03/2014)


sexta-feira, 21 de março de 2014

Evangelho não é convencimento 23/03/2014

O poder de persuasão faz parte das relações humanas. Não é algo ruim, pelo contrário, é uma capacidade muito boa e valorizada. No entanto, para o fortalecimento de nossa fé, não basta argumentos bem colocados, ou oratória enfática e emotiva, é preciso basear nossa pregação no poder de Deus para a salvação, o Evangelho da Cruz. É isso que Paulo fala aos Romanos, no capítulo 1:26, em I Coríntios 1:18 e completa em I Coríntios 2:5. O interessante é que Paulo reconhece que sua pregação não se baseia na sabedoria humana, mas no PODER DE DEUS. De certa forma, ele abre mão de seu “poder” de persuasão quando se trata de fortalecer a fé de seus liderados.

Digamos que o convencimento discursivo seja necessário para apresentar o Evangelho, mas não funciona muito bem para o fortalecimento de uma fé genuína. Pois a fé se constrói com experiência e não apenas com tomada de ciência. Parece que estamos esquecendo isso. Ou parece que estamos abrindo mão do Evangelho real e interativo, onde as pessoas interagem uma com as outras e com Deus, para colocar no lugar um evangelho limitado e baseado em convencimentos discursivos.

Por isso tem faltado conhecimento e vivência dos valores do Reino de Deus em nosso meio. Porque teimamos em compreender aquilo que Deus tem preparado para nós (ICo.2:9) apenas através dos nossos olhos, ouvidos e mente. Como? Pois isso ainda não penetrou no coração, nem foi visto ou ouvido. Portanto, essa incapacidade da humanidade em dar conta das coisas mais profundas de Deus, nos faz seguir o caminho aparentemente mais cômodo (como sempre), o caminho do convencimento. Mas, o Evangelho é muito mais que compreensão dogmática ou religiosa, o Evangelho é viver debaixo de um novo domínio, onde o fundamento é o Poder de Deus, baseado no amor que foi capaz de entregar-se por nós. Esse governo, não pode ser visto, mas é vivido quando negamos a nós mesmos, tomamos a Cruz e seguimos Jesus Cristo. É desse tipo de profundidade que estamos falando, quando somos capazes de reproduzir as mesmas atitudes que houve em Cristo. Quando isso acontecer poderemos, de fato sermos chamados de cristãos.
PJ 23/03/14
  

NOSSO COSTUME E NOSSOS DESAFIOS 16/03/2014

Por muito tempo eu pensei que ser crente fosse ir ao templo, participar da Escola Bíblica, entregar o dízimo, não falar palavrão, não beber, não fumar, ler a Bíblia diariamente, etc. Mas percebi que isso só, não basta. Eu sempre olhei para o céu e pensava comigo mesmo: será que existe algo mais que possa me completar e me fazer plenamente feliz? Mas como sou humano, condicionava a minha felicidade a qualquer coisa, às vezes conseguia, às vezes não, porém não importava, sempre faltava algo. Este sentimento de falta, eu acreditava que poderia saciá-lo, mas não podia. O que eu poderia fazer? Continuar buscando Deus nos rituais evangélicos,como: cultos, encontros, seminários, congressos, montes, etc; ou tentar outra coisa. Eu tenho tentado esta outra coisa que é buscar fazer “tudo o que precisa ser feito”.

Em Lc. 22:39 diz: “Então saiu e, segundo o seu costume, foi para o Monte das Oliveiras; e os discípulos o seguiam.”. Jesus,  sobe o monte como o de costume, mas para se preparar para algo que não era de costume. Interessante é pensar que o “costume” de Jesus de orar no monte, não o impediu de realizar algo totalmente novo, difícil e improvável. Isso, porque o seu “costume” não ganhou vida própria. Quantas vezes nós queremos manter nossa posição de “crentes experientes”, de líderes da Igreja e, para manter isso, abrimos mão de “tudo que precisa ser feito”. Assim, para manter nossa religiosidade, abrimos mão da vontade de Deus, pois ela, em alguns momentos é confrontadora e dolorida. Por muito tempo a minha motivação foi manter o costume, mas hoje Deus tem me chamado ao monte das Oliveiras (Getsemani) para ser amassado e colocado na prensa para ser quebrado, pois ELE quer derramar sobre mim Unção. Não somente a mim, mas a Igreja tem sido chamada ao lugar do quebrantamento, pois é um coração quebrantado que produz unção de avivamento.

A palavra Getsemani, significa: GET – prensa e SEMENI – unção, portanto é um mecanismo onde se pressionava as azeitonas contra uma pedra para retirar o azeite. Pode até parecer que isso é uma espécie de teologia do sofrimento, mas não é. Muito pelo contrário, eu tenho aprendido que somente com o quebrantamento verdadeiro do nosso coração é que experimentamos a unção e o avivamento de Deus, isto é a vitória da Cruz, ou seja a submissão dos desejos do meu coração para a vontade de Deus. Este é o desafio. Esta lógica, por mais estranho que possa parecer é real e verdadeira: para vencer com Cristo é preciso perder para ELE. E isso nos levará a “fazer tudo o que precisa ser feito”     PJ 16/03/2014

Todas são EVAS 08/03/2014


Nenhuma mulher precisa de um dia para saber que é muito especial e importante. No entanto, no decorrer de nossa civilização a mulher foi sendo vista como símbolo de fraqueza, engano, inferioridade, etc. Nós sabemos que não é bem assim. Quando Deus criou a humanidade, ele disse: "Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda".(Gn. 2:18 NVI). Dessa forma, a mulher é uma auxiliadora sim, porém ela é correspondente ao homem, em natureza e essência, ambos receberam de Deus a missão de cuidar da criação. Isso devemos fazer juntos.

Para nossa tristeza, a mulher tem sofrido muito pelo tradicionalismo, machismo, violência, desvalorização, etc. Porém, hoje como ontem, podemos ver verdadeiras guerreiras que sustentam suas famílias em jornadas duplas ou triplas de trabalho. Além disso, o que seriam de nossas Igrejas se não fosse nossas guerreiras?  Ainda falta-nos um entendimento mais profundo da relação e importância da mulher, por isso, mais que comemorar um dia especial, queremos sempre lembrar que fragilidade por fragilidade elas são mais fortes, pois sempre demonstram mais sua dependência de Deus. Queremos lembrar do dom da maternidade que é capaz de cuidar, mesmo sem ter o que oferecer. Queremos valorizar esse presente que Deus deu aos homens, como osso dos nossos ossos e carne de nossa carne, cuidando, respeitando, honrando e amando, mais do que a nossa própria vida. Isso, não apenas em um dia do ano, mas sempre.

A todas as Evas: sua presença traz brilho e beleza, seu olhar percebe os detalhes esquecidos, sua emoção completa a objetividade sem graça, sua crítica nos desafia a caprichar mais. Não apenas hoje seja no seu dia, mas que em todos os seus dias vocês possam ser honradas como hoje.

PJ (08/03/14)