DOMINGO É DIA DE JOGO DO BRASIL. Escolha você!
Dizemos que o
Brasil é o país do futebol. Vários estudiosos tentam relacionar a nossa
identidade nacional ao esporte mais praticado no mundo. Todos nós sabemos como
ficam as ruas de nossa cidade quando tem jogo da seleção, literalmente a cidade
pára. Quando em 1970, o Brasil ganhou a Copa do Mundo no México, parece que por
alguns momentos todos se esqueceram que viviam em um “Regime de Exceção”.Por
isso, para muitos, o futebol é um tipo de “circo” para alienar as pessoas em
relação à realidade. No entanto, outros advogam que o futebol faz parte do que
somos culturalmente falando, pois o futebol está na nossa forma de pensar,
falar, ver o mundo e agir, isso fica bem claro em frases do tipo: “aos 45 minutos do segundo tempo” ou “o jogo só acaba quando o juiz apita”.
Então, por um lado, o futebol tiraria a nossa atenção de coisas mais
importantes e, por outro, ele faz parte de nossa mentalidade. Como fica isso? Seria
mais fácil dizer que o futebol é coisa do diabo e que a bola é o “ovo do
capeta”, como ouvia-se antigamente. Mas, o mais fácil nem sempre é o melhor, ou
o mais correto.
A nossa vida é
feita de escolhas, quando decidimos seguir em uma direção, ao mesmo tempo
abrimos mão de outros caminhos. Simples assim. Quando dizemos sim para algo, no
mesmo momento negamos o seu oposto. Por isso, Jesus diz: “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’,
‘não’; o que passar disso vem do Maligno".(Mateus
5:37). Então se eu decido ficar em casa para ver o jogo da seleção, estou abrindo
mão de estar na congregação adorando ao Senhor, ouvindo a Palavra e em comunhão
com meus irmãos. Isso é pecado? Claro que não, isso foi uma opção. Pode parecer
que estou fazendo propaganda para você ir a Igreja no domingo, em certa medida
sim, mas tem algo mais importante que isso.
Queria aproveitar
para falar justamente das decisões que tomamos na vida. Temos o costume feio de
não assumir nossas escolhas, quando os seus resultados são ruins, ou quando
somos julgados ou cobrados. Aí, ficamos culpando o “Universo que conspira
contra nós”, ao invés de reconhecer que a escolha foi nossa. Além disso, não
somos como marionetes nas mãos de forças espirituais, sociais, psicológicas,
etc., em última instância podemos até ser influenciados por tudo isso, mas nós
é quem escolhemos ser ou não manipulados. Como Batistas, pregamos a liberdade
de consciência como princípio norteador de nossa fé. Então, o livre arbítrio é
entendido como uma dádiva de Deus, para que possamos escolher o caminho que
queremos seguir em nossa vida, avaliando toda influência sobre nós, refletindo
sobre as possibilidades, ouvindo as experiências de outros, etc., mas quem
decide somos nós, de acordo com nossa consciência. Assim, o exercício da fé
cristã batista é buscar uma consciência que seja inalienável – isso significa:
quem escolhe é você de acordo com a sua consciência.
Agora, nossas
escolhas podem ser orientadas pelos ensinamentos da Palavra de Deus, ou não.
Então, Deus manipula nossa consciência? Claro que não. Queria eu que fosse
assim, mas Ele apenas mostra a realidade das coisas na Sua Revelação, nós é que
precisamos ter “ as nossa mentes (consciência)
renovadas para que experimentemos qual
seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.(Rm.12:2 adaptado). Aqui,
está a escolha de ter a nossa consciência renovada. Quando isso acontece de
fato, não escolhemos mais em função das circunstâncias, mas em função de nossa
fé, como disse Paulo:“E isso para que vocês vivam de maneira digna do Senhor
e em tudo possam agradá-lo, frutificando em toda boa obra, crescendo no
conhecimento de Deus e Colossenses
1:10. Ou seja, viver
de maneira digna é muito mais que seguir um conjunto de padrões morais
ensinados na classe de novos crentes, significa ser capaz de escolher a melhor
parte daquilo que Deus tem.
Portanto,
diante de qualquer situação que se põe a nossa frente, sempre temos uma escolha
e ela terá os seus resultados. Negar a culpa não conserta nada, só adia a dor.
Assumir o peso de nossas opções, também não basta. É preciso ter o reconhecimento da decisão
errada, para chegar ao arrependimento e receber o
perdão de Deus (I João 1:9), pois somente o perdão de Deus pode trazer
paz para um coração atribulado (leia Salmos 32). Por isso, Jesus veio ao mundo,
para ser o Caminho, nós podemos escolher seguir por esse Caminho, ou não. Não
podemos ser arrastados por Ele, precisamos decidir estar Nele, não tem como
seguir por Ele de forma alienada, pois a cada dia temos que escolher “tomar a cruz e seguir”. Então, meus
amados irmãos que possamos, em qualquer situação de nossas vidas, escolher a
melhor parte, aquela que não nos será tirada. (Lc.10:42)
PJ.
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