No mundo em que vivemos, a cada dia somos pressionados por
todos a sermos excelentes. A competição dos “mercados” (trabalho, academia,
artes, igrejas, religiões) criam noções de vitória e sucesso, muito mais focado
nos resultados materiais do que no crescimento e na vida das pessoas. O mais
importante agora não é o ser humano, mas os resultados que eles podem produzir.
Nesta perspectiva, as igrejas de hoje, com exceções, tem buscado resultados
“materiais” (um templo cheio, múltiplas atividades, vários serviços a serem
prestados, etc.). Porém, não tem dado a importância devida às vidas e ao
relacionamento com Deus. É possível ver isto, no chamado profissionalismo que
tem invadido as igrejas. As pessoas tem se
limitado a entender o serviço cristão como apenas entregar dízimos e ofertas, onde
o trabalho fica sempre a cargo de um grupo pequeno de irmãos.
O serviço cristão é antes de tudo voluntário. Certamente
digno é o obreiro de seu salário, mas antes de buscar o salário, o objetivo do
servo de Deus é servir-Lo, mesmo que não haja remuneração. Em resumo, temos
vivido um tempo onde “os crentes” têm buscado serem servidos pela Igreja, mas
não é isso que nos ensina a Palavra de Deus. Jesus – o próprio Deus – veio para
servir, assim também este é o papel do povo de Deus. A Igreja não existe
para satisfazer os nossos desejos, mas para nos proporcionar uma vida de
adoração e serviço ao Deus Vivo, proporcionando meios para desenvolver os
nossos ministérios e um espaço para vivermos em comunhão, além de buscar
estratégias para anunciar o evangelho de Cristo.
A busca por resultados tem feito
as pessoas e as igrejas buscarem atalhos para a vitória. Ou pior tem feito a
igreja confundir a vitória de Cristo com o resultado e o sucesso diante dos
homens. Para entendermos qual é o caminho para a vitória, precisamos antes
entender o que é a Vitória de Cristo.
Em resumo: a vitória de Cristo é
permanecer no seu amor como Paulo escreve ao Romanos:
Mas
em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que
nos amou. Porque estou certo de que, nem
a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem
futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus nosso Senhor. (Rm8:37-39).
Permanecer
no amor de Deus em Cristo Jesus é a verdadeira vitória que devemos buscar.
Claro que esta afirmação é muito teórica, mas na prática isto significa ter uma
fé incondicional na Palavra de Deus, obedecê-la, além de experimentar a cada
dia uma pouco da Glória de Deus, pois a Bíblia diz que “de Glória em Glória
somos transformados” (IICo. 3:18). Esta vitória, de uma vida com Deus,
resulta em um sucesso no sentido real da palavra – capacidade para aquele que
sucede.
Portanto
o sucesso de Deus não é o reconhecimento, ou o aplauso, mas a continuidade da
obra de Deus através dos que vem depois de nós. Este é o crescimento que Deus
espera ver da Igreja neste tempo: uma Igreja formada por homens e mulheres
que se entregam totalmente a Ele e não apenas freqüentadores que utilizam-se
dos serviços eclesiásticos. Precisamos aprender a crer na Palavra de Deus,
pois quem dá o crescimento é Ele. Pois esta escrito:
“Eu
plantei; Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.”(I Co. 2:3); “louvando a Deus, e caindo na graça de todo o
povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos”(At.2:47). Por isso, o objetivo da Igreja não é buscar o crescimento
numérico, pois ele vem de Deus, precisamos sim, viver Nele, para Ele e por Ele,
permanecendo no seu amor, em Cristo Jesus. (Continua)
Pr. Cezar Uchôa Júnior
Pr. Cezar Uchôa Júnior
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