O problema não é orar em línguas, nem outras formas litúrgicas, a questão fundamental é o afastamento da Bíblia como A Revelação de Deus. A fé protestante evangélica batista, crer que a Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana, por isso nenhuma revelação específica, rhema, nova visão, profecias, etc. é de Deus se contraria um ensinamento da Bíblia.
O movimento pentecostal tende a colocar as "revelações" específicas em pé de igualdade com a Palavra de Deus, desta forma a Revelação de Deus acaba sento sujeita à abstrações subjetivas em nome de Jesus ou do Espírito Santo. Isso acaba colocando de lado toda a tradição protestante de interpretação bíblica, por mais que tb sejam especulações humanas, fundamentam seus olhares no Texto Sagrado.
Já o neo-pentecostalismo foi além das abstrações subjetivas, eles (ou nós) transformaram (ou transformamos) a fé em um instrumental para alcançarmos nossos desejos mais egoístas de conquistas, vitórias, bençãos, etc. Transformando o Texto Sagrado em mero instrumental para atender os "novos interesses" da sociedade pós-moderna capitalista. Caindo como uma luva para atender um novo grupo de pessoas, principalmente de classe média-alta.
Claro que essa leitura é geral e não entra nos detalhes dos movimentos. Nem questiono os usos desses termos com outras práticas, ou as identidades denominacionais. Meu objetivo é apenas mostrar que não podemos abandonar as Escrituras como a Revelação de Deus ao homem. Creio que Deus pode falar do jeito que Ele quiser, até sem palavras como lemos em Salmos 19, ou através de uma mula. Em resumo a Palavra de Deus não pode ficar a mercê de nossas abstrações, nem relativizada aos nossos interesses.
Pr. Cezar Uchôa Júnior
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