terça-feira, 8 de janeiro de 2013

IGREJA ORGÂNICA - SERÁ?


Será que um dia a gente aprende?

Nas décadas de 80 e 90 vimos o surgimento das "Comunidades Evangélicas" propondo uma revolução na Igreja a partir da "Adoração"; Nos anos 90 e 2000, vieram os "grupos pequenos" os G12, G05, Grupos familiares, células, etc. Diziam que a Igreja deveria mudar sua estrutura para receber "o vinho novo"; Hoje vemos as MULTIMEGAS IGREJAS OFERECENDO UM "DEUS DE MERCADO" e, em oposição, vemos surgir um "anti-institucionalismo" com as "igrejas orgânicas" (simple churth). Também com um discurso reformista e revolucionário estrutural.

Não sei.

Ainda não me convenci, se é mudando a estrutura que iremos viver a verdadeira realidade de Igreja. Será que Deus não pode usar uma estrutura para alcançar o Seu propósito? Será mesmo que a Igreja primitiva só se reunia nas casas? E as orações no Templo (e era o templo judaico)? E o esforço de Paulo ao evangelizar as cidades a partir das sinagogas, onde algumas vieram a se transformarem em Igrejas (alguns estudos recentes apontam para esta possibilidade)?.....

Não sei se é inteligente e justo os crentes verdadeiros, abrirem mão das estruturas (instituições) que foram construídas com sangue de mártires, deixando isso na mão de homens inescrupulosos e gananciosos. Seria uma espécie de silêncio dos bons, como disse  Pr. Martin Luther King Jr..Além disso, apesar de não sermos chamados para salvar as instituições (temos que anunciar o evangelho para que o Senhor possa salvar vidas) podemos e devemos nos esforçar para CONVERTER as igrejas a serem instrumentos de Deus para abençoar vidas.

Por outro lado, se as "Igrejas" (institucionais) não estiverem realizando sua função espiritual, Deus pode destruir tudo isso, pois de verdade, não precisamos de templos suntuosos, ou  mega estruturas, precisamos sim, de homens e mulheres rendidos aos pés de Jesus, dispostos a fazer o melhor.

Diante disso, o meu medo é estarmos falando de uma "nova revolução", de "odres novos para o vinho novo" de um "suposto avivamento ou reforma" que na verdade transfere a nossa culpa. Onde, a razão para a Igreja  está do jeito que está, não é minha, mas é da estrutura, e da instituição. Quero lembrá-los que a instituição não é um "enti" autônomo, ela é formada por pessoas. Nós deixamos a Igreja chegar na situação que ela está hoje. E, não sei se a solução é, novamente, mudarmos a estrutura, para que com a mudança possamos manter os mesmos erros. Que acaba sendo o mesmo erro do Édem: "a culpa não é minha".

Oremos por nossas denominações, igrejas, estruturas, mas principalmente por homens e mulheres de coragem que possam assumir o compromisso de SER UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE DE CRISTO.

Pr. Cezar Uchôa Júnior

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