terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A MUDANÇA QUE PRECISAMOS

Hoje quando falamos de conservadorismo e fundamentalismo é quase um crime. Longe de mim defender práticas de violência em nome da religião ou ideologias. Mas claramente é esse sentido pejorativo que tem sido dado a essas palavras. Não quero discutir o significado desses conceitos, quero, antes, chamar a atenção para o fato de nossa sociedade viver um certo fascínio e deslumbre com o “novo”.  Por isso, falar de conservar valores, práticas, tradições e de manter-se fiel à fundamentos estabelecidos a dois mil anos atrás, é uma atitude considerada “fora de contexto”. Então em um mundo de inovações tecnológicas, de “revoluções” de costumes e de um relativismo do que é certo e errado somos levados a considerar apenas A MUDANÇA QUE QUEREMOS e nos esquecemos da MUDANÇA QUE PRECISAMOS.

Jesus disse: Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. (Mt. 5:13). A Igreja não pode perder esse sabor, mas além disso o sal tem outra função, a de conservar. Durante dois mil anos, muitas coisas mudaram, mas outras permanecem exatamente iguais. O ser humano continua desejando ser igual a Deus, a pecado continua trazendo dor, sofrimento e morte, e a misericórdia, a graça e o amor de Deus continua a mesma. As mudanças que queremos hoje, não podem apagar o que deve permanecer vivo em nossos corações, mentes e atitudes. Precisamos manter, conservar o amor de Deus. Muitas mudanças tem esfriado o amor de muitos, pois isso tem feito se multiplicar a iniquidade. Quando vemos a família se deteriorar, as Igrejas se transformarem em máquinas de opressão e de fazer dinheiro em nome da fé, quando vemos mudanças que fazem a maldade se multiplicar, lembramos da palavra de Jesus: “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará (Mt. 24:12). Se a Igreja perder isso, deixar de ser e fazer a diferença, se almejarmos mais as mudanças que queremos, se perdermos o nosso sabor, para que serviremos? Para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.
 
Conservar o sabor significa manter-se firme na fé em Cristo. Isso não quer dizer viver em função de um tradicionalismo vazio e sem sentido espiritual, ao invés disso, podemos descobrir na fé Cristã uma porta para vermos aquilo que realmente deve ser mudado em nós. Qualquer pessoa pode mudar de atitude, de opinião ou de vida, mas somente Deus pode mudar a nossa existência, “Pois, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas! 
2 Coríntios 5:17

A Bíblia nos ensina que precisamos deixar as coisas que para traz ficam e prosseguir para as que estão adiante de nós (Fl.3:13-14). Pois, a ruptura em nossa história se dá no momento que encontramos em Cristo a possibilidade de mudar aquilo que PRECISA SER MUDADO. Mudar a nossa natureza pecadora, para uma natureza redimida pela aceitação do sacrifício de Cristo em nosso lugar e do reconhecimento que ELE é o Senhor de nossa vida. Isso é, antes de tudo, um ato de fé. 

Assim a mudança que precisamos é uma transformação de nossa existência através de Cristo que nos leva a viver de forma diferente, se antes vivíamos do víamos, hoje vivemos do que cremos.
A questão é que muitos querem continuar vivendo como antes (antes de Jesus), buscando mudanças superficiais, para camuflar a mudança que ainda precisam experimentar. Assim, a Igreja (nós) como corpo de Cristo, não podemos tomar a forma do mundo (que ânsia por inovações). Mas, antes, precisamos transformar a nossa mente, através da fé em Cristo, para que possamos experimentar a vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável, conservando a fé viva em nós para viver aquilo que Deus tem.
Pr. Cezar Uchôa Júnior

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