Temos a
ideia falsa de que espiritualidade é algo de cunho privado e particular. Mas
não é bem por aí. Jesus nos ensina a amar a Deus e ao próximo. Então,
espiritualidade está condicionada ao tipo de relacionamento que temos com Deus,
sendo assim, se dizemos amar a Deus que não vemos e não amamos nosso irmão,
somos mentirosos (IJo. 4:20). Ou seja, nosso relacionamento com Deus depende da
maneira como tratamos o nosso próximo.
Nós
aprendemos na Igreja que para falar com Deus, precisamos fechar os olhos e orar,
para ouvir Deus falar, precisamos ler a Bíblia. Hoje, podemos ainda incluir os
louvores, as canções e hinos espirituais, como forma de “criar um clima” para nos relacionarmos com Deus. Claro que
precisamos ter nossa devocional particular com Deus, pois assim ele nos ensina
(Mt.6:6), mas isso é apenas uma dimensão de nossa espiritualidade, a dimensão
do amar a Deus sobre todas as coisas.
Como fica a dimensão do amar ao próximo
como a si mesmo?
Em um mundo
onde somos cada vez mais levados a um misticismo individualizado, onde nossa
vida com Deus se resume a rituais, antes coletivos, agora privados, estamos
trocando um ritual por outro, sem avaliarmos o que é a base da espiritualidade
bíblica. A essência da espiritualidade, portanto é o relacionamento, na
dimensão horizontal (com Deus) e na dimensão vertical (com nossos irmãos).
Diante disso, olha o que aconteceu. Outro
dia estava orando, agradecendo e colocando diante de Deus minhas necessidades,
depois comecei a ler a Bíblia e me deparei com “ Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele
que ama é nascido de Deus e conhece a
Deus. (IJo.4:7) . Então comecei a perceber o que é espiritualidade. Nesse
momento, o Espírito começou a ministrar ao meu coração da seguinte forma: "É Júnior, você consegue me ver quando lê a
Palavra, quando canta canções em adoração, agora tenho uma pergunta: você
conseguiria ver a minha glória, ouvir a minha voz na vida da pessoa que está ao
seu lado? Será que você pode me enxergar nas atitudes, nas necessidades e no
incômodo provocado pelo outro? Eu respondi: ainda não Pai, mas me ajuda aí.
PJ 18/05/14
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